O bispo Dom Antônio Emídio Vilar, nomeado pelo Papa Leão XIV como o primeiro arcebispo da recém-criada Arquidiocese de São José do Rio Preto (SP), tem forte ligação com Mato Grosso. Dom Vilar atuou por oito anos no estado, entre 2008 e 2016, quando esteve à frente da Diocese de São Luiz de Cáceres (MT).
A nova arquidiocese, anunciada neste domingo (25), é a primeira a ser criada pelo atual pontífice e marca um momento histórico para a Igreja Católica no Brasil. A cerimônia de instalação está marcada para 9 de julho, e o novo arcebispo receberá o pálio – insígnia concedida aos arcebispos metropolitanos – em 29 de junho, em missa solene na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Durante o período em que esteve em Mato Grosso, Dom Vilar também exerceu papéis de destaque no Regional Oeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), coordenando pastorais voltadas à juventude, à liturgia e ao setor missionário. Sua atuação é lembrada por lideranças locais como marcada pela proximidade com as comunidades e pelo incentivo à formação de lideranças religiosas.
Após sua passagem por Cáceres, Dom Vilar foi transferido para a Diocese de São João da Boa Vista (SP) em 2016, assumindo oficialmente o cargo em novembro de 2017. Cinco anos depois, foi nomeado bispo de São José do Rio Preto, onde passou a conduzir o processo de transição que agora culmina com a elevação da diocese à condição de arquidiocese.
A criação da nova arquidiocese reconhece a importância estratégica da região no cenário da Igreja Católica e amplia a articulação eclesial do interior paulista. Com a mudança, São José do Rio Preto passará a ter dioceses sufragâneas sob sua jurisdição.
A nomeação de Dom Vilar é vista como um gesto de confiança do Vaticano em seu trabalho pastoral. Aos 66 anos, ele carrega uma trajetória marcada pela dedicação às causas sociais, à juventude e à formação teológica, com raízes firmadas também no solo mato-grossense.