Em uma edição especial do Expresso 33, o apresentador Leandro Agostini recebeu Josélio DDD, um cantor católico que evangeliza com os vibrantes ritmos do Nordeste brasileiro. Josélio, também conhecido como “Doidinho de Deus”, compartilhou sua jornada única na música e na fé, enfatizando que seu “hospício é no céu”.
Josélio iniciou sua missão musical há mais de 25 anos, começando na década de 1990, quando artistas como Padre Marcelo Rossi estavam ganhando popularidade. Ele foi pioneiro no forró católico, incorporando estilos como xote, baião, xaxado, arrastapé e frevo do Recife. Ele percebeu a necessidade de evangelização através da diversidade musical, observando que até mesmo toca frevo recifense.
Sua jornada musical começou aos 12 anos, quando começou a tocar violão, e aos 15, já estava ensinando outros. Ele aprendeu instrumentos como autodidata, passando inúmeras horas praticando. Aos 17, um momento crucial ocorreu quando ele foi chamado para tocar em um culto de igreja porque a banda programada não pôde comparecer. Apesar de ser “gótico” e tocar em bandas seculares na época, ele tocou pela primeira vez em uma igreja. Ele contou como uma mulher chamada Dona Rita o abraçou, dizendo: “Jesus te ama, e eu também”, um momento que ele descreve como seu encontro pessoal com Jesus.
O apelido “Doidinho de Deus” surgiu durante seus anos de ensino médio, quando ele começou a levar a Bíblia para a aula. Seus amigos, notando sua mudança, diziam: “Você está ficando louco, está indo muito à igreja”. Isso o levou a abraçar a ideia, declarando: “Quero ser louco por Deus, pelo menos meu hospício é no céu”. Esse sentimento inspirou sua música “Doido Maluco Pirado por Jesus”, que se tornou amplamente popular.
Josélio também discutiu a importância da precisão teológica na música, destacando como seus estudos de teologia o ajudaram em suas composições.
A música mais recente de Josélio, “O Cuscuz Nosso de Cada Dia“, é um sucesso muito querido no Nordeste que agora está se espalhando por todo o Brasil. Ele explicou como a música conecta humoristicamente o alimento básico do Nordeste com a oração, imaginando que se Jesus tivesse provado o cuscuz, a oração seria “O nosso cuscuz de cada dia nos dai hoje e sempre, Pai nosso que nos guia”.
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