A Arquidiocese de Cuiabá está presente na 50ª Assembleia Regional do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Mato Grosso, com a presença de Dom Mário Antonio, no evento comemorativo que celebra as memórias e os compromissos estabelecidos desde a 1ª Assembleia dos Chefes Indígenas, realizada há 50 anos. Este marco histórico destaca meio século do CIMI ao lado das comunidades indígenas na luta pelos direitos fundamentais.
Nesta semana, de segunda-feira até sexta-feira, diversos representantes da Igreja Católica estão reunidos em Diamantino, interior de Mato Grosso, para a Assembleia do CIMI, que coincide com a Assembleia dos Povos Indígenas. Hoje, quinta-feira (25), o arcebispo metropolitano, Dom Mário Antonio participa das atividades e relata sua experiência.
“É um dia especial de partilha e memória, relembrando aqueles que participaram da 1ª Assembleia em 1974. Estes 50 anos foram marcados por muita história, luta e união na defesa dos direitos fundamentais dos povos indígenas”, destaca o arcebispo.
A luta pelos direitos dos povos indígenas continua mais forte do que nunca. O CIMI, juntamente com os povos indígenas, mantém uma presença política ativa para garantir o direito ao território, saúde, educação e preservação da língua e cultura. A Arquidiocese de Cuiabá reafirma seu apoio incondicional aos povos indígenas de Mato Grosso e de todo o Brasil.
Partilha e União
O dia de hoje é dedicado à partilha entre os povos indígenas, não apenas daqueles que estiveram presentes há 50 anos no primeiro encontro, mas também dos que continuam na caminhada junto com os missionários do CIMI. Em Diamantino, estão representadas etnias indígenas de Mato Grosso, bem como de outros estados brasileiros, incluindo Roraima, Rondônia, Amazonas, Goiás, Maranhão, Bahia, entre outros.
Esta assembleia comemorativa celebra memória e o compromisso firmado há cinquenta anos em Mato Grosso. Foi aqui que nasceu o CIMI. Conforme o Censo Demográfico de 2022, Mato Grosso tem 45.065 pessoas indígenas vivendo em territórios originários, número que corresponde a 77% da população total, o que, faz com que Mato Grosso seja o maior número com indígenas vivendo em territórios originários no Brasil.