Em Mato Grosso, são 8.906 casos prováveis de dengue registrados até o dia 06 de março deste ano, segundo dados do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde. A escalada do número de casos da doença traz o alerta principalmente para pessoas que fazem parte do grupo de imunossuprimidos, como pacientes em tratamento contra o câncer.
O oncologista clínico, Marcos Rezende, esteve no Programa Expresso 33 para falar quais são as implicações para quem está tratando um câncer se contrair dengue.
“O paciente, quando está em tratamento de câncer, a gente tem que lembrar que são vários tipos de tratamento. Então às vezes o paciente está fazendo só hormonioterapia. E esse paciente não lida com a queda na imunidade. Já o paciente que está em quimioterapia tem oscilação na imunidade”, disse o médico.
O cuidado também é com pacientes que estão fazendo tratamento contra o câncer e querem tomar a vacina contra a dengue, a Qdenga . O imunizante só está disponível na rede particular. Isso porque no mês passado o Governo Federal enviou a segunda remessa a 16 estados e Mato Grosso continua fora da lista de vacinas gratuitas.
Para o Dr. Marcos Rezende, o imunossuprimido que está fazendo quimioterapia não tem indicação para o uso da vacina. “A gente tem a recomendação da Sociedade Brasileira de Oncologia para não fazer a vacina em pacientes imunossuprimidos em tratamento do câncer com quimioterapia. Lembrando que a vacina que a gente tem agora contra a dengue assim como a do Instituto Butantan que vai vir pela frente, são vacinas do vírus atenuado. Ou seja, são vírus que tiveram sua capacidade de reproduzir no corpo reduzida, mas ele está lá (no corpo) ainda”.
O médico enfatizou a importância de não esquecer os cuidados que as pessoas devem ter em relação ao mosquito da dengue como: protejer a casa com telas; limpar as áreas externas e cuidado com o lixo.
A entrevista completa você confere no vídeo abaixo: