Desde a sua criação, a Fundação Bom Jesus se destacou pelo trabalho a favor dos mais pobres. Durante a década de 1970, a Rádio atuou como parceira do Movimento Brasileiro de Alfabetização, com programas educativos, apresentados por dona Aurora Chaves.
Nesse aspecto, a pesquisa realizada pelo padre Francisco Amaral, em 2021, sobre a visão do povo cuiabano com relação à Rádio Bom Jesus, traz dados bem interessantes. Para essa avaliação, o sacerdote entrevistou membros de pastorais, movimentos e novas comunidades.
Segundo a pesquisa, 78% dos entrevistados avaliam positivamente as atividades da Rádio Bom Jesus. Num contexto geral, a avaliação é dentro do conceito “bom”.
Eis um trecho da pesquisa:
O valor “família” se destacou dos demais, o que já era um dado esperado, tendo slogam da “Rádio da família”. Dentro da programação, os assuntos que dizem respeito à família têm sido mais amplamente abordados. Isso não significa evidentemente que não haja aspectos a aprimorar nesse sentido.
Em segundo lugar, o valor “paz” também se destacou. Dentro de uma uma sociedade polarizada onde vivemos, isso talvez evidencie que a Rádio, com uma programação diversificada, tem apresentado uma visão integral da realidade, sem se dobrar aos reducionismos das ideologias. Isso não significa, porém, que deva ser omissa na defesa do que são os princípios da doutrina social da lgreja, o que talvez se possa aprimorar, como foi falado nos depoimentos que apresentaremos no próximo tópico.
No que diz respeito aos valores de “solidariedade”, “bem comum”, “fraternidade” e “vida plena”, ficaram bastante equilibrados entre si. É possível que o valor “solidariedade” tenha se destacado levemente devido às ações sociais realizadas pela Rádio e pela Fundação Bom Jesus de Cuiabá: bazar, arrecadação de alimentos, campanhas de doação de sangue e assim por diante.
Referência
Francisco do Amaral Carvalho Dockhorn, A Rádio como veículo de comunicação dos valores evangélicos: um estudo de caso na Rádio Bom Jesus, SEPAC, São Paulo, 2022.
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