Em reunião conjunta realizada nesta quinta-feira (15) , rádios católicas vinculadas à associação SIGNIS Brasil e representantes da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB avaliaram a atuação da mídia católica na cobertura recente da Igreja, marcada pela morte do Papa Francisco e pela eleição do Papa Leão XIV.
O encontro destacou a importância da coordenação entre as emissoras durante esse período, sobretudo na rápida circulação de boletins informativos do Vatican News via WhatsApp. A iniciativa foi apontada como modelo de comunicação ágil e colaborativa. Participantes ressaltaram que a atuação das rádios católicas ofereceu um contraponto à cobertura da imprensa tradicional, considerada por eles como “focada em disputas” e pouco sensível à dimensão espiritual do momento vivido pela Igreja.
Um dos pontos centrais da discussão foi o papel das rádios diante do início do novo pontificado. Comunicadores foram orientados a evitar rótulos ideológicos ou teológicos sobre o Papa Leão XIV e a não recorrer a declarações passadas fora de contexto. A proposta é que as emissoras católicas se pautem por uma comunicação formativa, ancorada em documentos oficiais, que privilegie pontes, escuta e sinodalidade — temas presentes no discurso de inauguração do novo pontífice.
O grupo também definiu uma agenda de eventos ligados à comunicação da Igreja. Entre os destaques estão a Semana de Comunicação da CNBB (26 de maio a 1º de junho), o Congresso das Paulinas (22 a 24 de maio), o Muticom (25 a 28 de setembro, em Manaus) com foco em ecologia integral e identidade amazônica, e o Religiocom (junho, em Campinas), voltado à pesquisa acadêmica.
Além disso, houve um apelo para que as emissoras se formalizem como associadas da SIGNIS Brasil. Segundo a diretoria, a contribuição simbólica fortalece a representatividade da entidade diante de órgãos reguladores como Abert, ministérios e Anatel, especialmente em pautas como migração para FM, renovação de concessões e simulcasting. Também foi lembrado que apenas emissoras associadas poderão votar na próxima assembleia da SIGNIS, marcada para dezembro, quando será eleita uma nova diretoria.
As próximas reuniões foram agendadas para setembro, de forma online, e dezembro, presencialmente em São Paulo.