Em entrevista coletiva realizada nesta semana e transmitida ao vivo, cardeais brasileiros que participaram do Conclave revelaram detalhes inéditos sobre o processo de escolha do Papa Leão XIV. Eles também falaram sobre os desafios da Igreja no mundo contemporâneo e as expectativas em relação ao novo pontificado.
Dom Sérgio da Rocha, um dos participantes do Conclave, descreveu a experiência como um momento de profunda espiritualidade e reflexão coletiva.
“Participar de um conclave é sempre uma experiência extraordinária. Não é apenas um momento de eleição, mas precedido por dias de profunda reflexão sobre a Igreja, sobre o mundo, sobre os desafios que enfrentamos”, afirmou.
“É um tempo em que os cardeais, vindos de diversas partes do mundo, têm a oportunidade de se conhecerem melhor, de partilharem suas preocupações e de discernirem juntos as qualidades que o Espírito Santo suscita para o novo pastor.”
Ele também destacou a solenidade e a responsabilidade envolvidas no momento da votação.
“O momento da votação em si é um ato de profunda espiritualidade. Ali, diante do crucifixo, diante da cena do Juízo Final na Capela Sistina, cada cardeal se sente chamado a responder em consciência diante de Deus.”
Os cardeais presentes reiteraram a fé na condução divina do processo de escolha do novo líder da Igreja:
“Nós cremos que o Senhor providencia um pastor para a sua Igreja.” — disseram em declaração conjunta.
A rápida eleição de Leão XIV foi interpretada como um sinal da ação do Espírito Santo, mesmo diante da diversidade cultural e teológica entre os cardeais eleitores.
“A rapidez com que se deu a eleição, mesmo com a diversidade de origens e pensamentos dos cardeais, é para nós um sinal da ação do Espírito Santo.” — reforçaram os cardeais em fala coletiva.
Sobre o novo Papa, os cardeais reconheceram sua individualidade e trajetória própria:
“Cada Papa traz consigo a sua própria história, a sua própria sensibilidade, a sua própria maneira de ser e de conduzir a Igreja. E com o Papa Leão XIV não será diferente.”
Dom Raimundo Damasceno recordou, com emoção, o momento em que o novo pontífice apareceu pela primeira vez diante da multidão reunida na Praça de São Pedro.
“Ver aquele homem aparecer na sacada, dar a sua bênção Urbi et Orbi, foi um momento de grande emoção para todos nós.”
Questionados sobre o enfrentamento de casos de abuso no passado, os cardeais ressaltaram a postura da Igreja diante das denúncias.
“A Igreja sempre encarou com seriedade as acusações e tem trabalhado para que esses casos não se repitam e para dar o apoio necessário às vítimas.” — afirmou um dos cardeais .
A coletiva de imprensa ofereceu um raro vislumbre dos bastidores de um dos eventos mais importantes da Igreja Católica e revelou a esperança dos cardeais brasileiros em um novo tempo de renovação espiritual com Leão XIV à frente do Vaticano.