Em uma entrevista recente, a especialista em assuntos educacionais, professora Denilde Whays, compartilhou sua visão sobre os desafios enfrentados por educadores e alunos no retorno às aulas após a pandemia. Ela destacou a importância de acolher os alunos de forma atrativa, promovendo uma educação dinâmica, inclusiva e interativa.
“Todo retorno precisa ser algo atrativo. A escola deve preparar aulas diferenciadas para que os alunos sintam prazer em voltar à escola. Os educadores também devem passar por atualizações constantes, pois a educação está sempre em transição”, afirmou Denilde. Ela também mencionou que o olhar atento aos alunos com necessidades especiais, como transtornos do espectro autista, é essencial neste processo.
Além disso, a professora enfatizou a importância da colaboração dos pais, que desempenham um papel crucial na adaptação escolar dos filhos. “Os pais devem acompanhar o dia a dia dos filhos, desde o material que levam para a escola até o acompanhamento das tarefas e provas”, explicou.
O impacto da pandemia na educação também foi discutido, com Denilde apontando que muitos alunos retornaram ao ambiente escolar com habilidades que precisavam ser retomadas devido ao longo período de aulas online. “A pandemia deixou um legado, e a adaptação dos alunos ao formato presencial está sendo um desafio, especialmente com a transição das provas online para as físicas”, destacou.
Em relação ao uso de celulares nas escolas, a especialista opinou que a proibição pode ser benéfica, já que o foco dos alunos no conteúdo escolar precisa ser uma prioridade. A interação com as novas tecnologias deve ser cuidadosamente mediada.
A conversa também abordou a relevância de atividades extracurriculares, como esportes e práticas culturais. Denilde concordou que é necessário dar mais espaço para essas atividades dentro da grade escolar, ressaltando que o esporte, além de beneficiar a saúde física e mental, pode ajudar a manter os jovens longe da delinquência e outros comportamentos negativos.
A entrevistada deixou um alerta sobre a segurança online, destacando o papel dos pais em monitorar o uso da internet pelos filhos. “Criar um perfil fake para acompanhar a navegação do seu filho e usar ferramentas de monitoramento são algumas das formas de garantir uma navegação segura”, sugeriu.
A educadora também compartilhou suas preocupações sobre o uso excessivo de tecnologia, especialmente celulares, por crianças e adolescentes. Ela destaca como as ferramentas de monitoramento digital permitem que os pais acompanhem o comportamento online, mas também alerta para os riscos de um uso excessivo, como o vício em jogos.
Ela também é responsável pelo canal Simples Assim no YouTube, que oferece conteúdo educacional sobre temas como transtornos da primeira infância, saúde mental e a importância da interação social. Ela destaca que a tecnologia, embora útil, pode prejudicar a socialização e que é importante garantir que as crianças tenham interações reais, tanto em casa quanto na escola.
A educadora defende a proibição do uso de celulares nas escolas, pois acredita que isso estimula a interação entre os alunos e favorece um ambiente mais produtivo. Ela também compartilha sua experiência pessoal como mãe, relatando as dificuldades de lidar com o vício em celular dos filhos, que muitas vezes se isolam em seus dispositivos.
No geral, ela defende que, para o bem-estar das crianças, é crucial equilibrar o uso da tecnologia com momentos de socialização e interação pessoal.
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