
Muitas pessoas têm a curiosidade em saber o que é esse prédio imponente, em frente a Santa Casa de Cuiabá, no centro da cidade. Ele representa a sede administrativa da Igreja Católica e também o Palácio Episcopal. Hoje (12), o arcebispo metropolitano, Dom Mário Antonio, recebeu os seminaristas, do Seminário Propedêutico Imaculada Conceição, localizado em Várzea Grande.

A Cúria, ou a Mitra, como comumente chamamos, é o local que acolhe as demandas administrativas das 32 Paróquias, com mais de 300 comunidades, que pertencem à Arquidiocese de Cuiabá. Os seis seminaristas que iniciaram seu discernimento vocacional neste ano, acompanhados pelos padres diocesanos de Cuiabá, estiveram no prédio para conhecer os trabalhos da equipe que ali atuam.
Padre José Pereira é o Reitor do Seminário Propedêutico Imaculada Conceição que foi inaugurado neste ano. Padre Diogo Monteiro, além de vice-reitor, é o secretário-geral do arcebispo e acompanhou os seminaristas durante toda manhã, na visita. Eles puderam ver objetos históricos que resgatam a memória de uma Igreja Viva e centenária.
O padre Chanceler e Arquivista da Arquidiocese de Cuiabá, Luilson Sávio, apresentou documentos e parte do acervo da Igreja para os seminaristas. “Esses são documentos importantíssimos. As bulas foram escritas em pergaminhos e um dos trabalhos é traduzir esses documentos e conservá-los na memória viva da Igreja”, destacou o sacerdote que também é vigário na Paróquia Sagrada Família.

A residência do arcebispo fica na parte superior do imóvel. O acesso é restrito a este andar. Os jovens conheceram o pátio, as dependências do térreo e almoçaram com o arcebispo para confraternizar o dia de hoje. Foi nesta residência que o papa João Paulo II, em 1991, durante sua visita a Cuiabá, descansou por algumas horas em uma das alas do Palácio.
Residiram na Mitra: Dom Antônio Campelo de Aragão, bispo auxiliar de Dom Aquino Correia; Dom Orlando Chaves, fundador das Irmãs Missionárias do Bom Jesus; Dom Bonifácio Piccinini, arcebispo emérito que faleceu em novembro de 2000 e Dom Milton Santos, arcebispo emérito que esteve recentemente na arquidiocese de Cuiabá.

A construção do Palácio Episcopal foi iniciada em 1941 e concluída em 1950. Ela carrega o brasão de Dom Aquino Correia, na entrada do prédio, e teve o tombamento de sua fachada em agosto de 1998. No próximo ano, o imóvel celebrará 75 anos de existência e história capital mato-grossense e na vida da Igreja.