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Diferença entre Tristeza e Depressão: Quando Buscar Ajuda

Rádio Bom Jesus

Diferença entre Tristeza e Depressão: Quando Buscar Ajuda

Diferença entre Tristeza e Depressão: Quando Buscar Ajuda - Foto: Bom Jesus FM

A saúde mental é um tema cada vez mais discutido, mas ainda cercado de confusões e preconceitos. Muitas pessoas não conseguem diferenciar a tristeza de uma condição mais grave, como a depressão, e acabam postergando a busca por ajuda. Na última quinta-feira (26), o terapeuta e especialista em saúde mental, Alan Barros, destacou, no Programa Expresso 33, na Rádio Bom Jesus FM, que, embora a tecnologia seja recente na sociedade, seus efeitos já são evidentes, especialmente entre crianças e adolescentes.

Tristeza e Depressão: Não são o mesmo

Segundo Alan, a tristeza é uma resposta emocional comum, especialmente após uma perda ou situação difícil, como o desemprego ou o fim de um relacionamento. Porém, a tristeza geralmente é passageira. “Se os sentimentos de desânimo, desesperança e desmotivação se prolongam por mais de duas semanas, é importante acender o alerta, pois pode ser um indício de depressão”, alerta.

“A tristeza é algo natural e temporário, mas a depressão é uma patologia. Ela vai muito além de apenas se sentir triste, e seus sintomas podem incluir ansiedade, vazio e principalmente desesperança. É um estado que impacta profundamente a vida da pessoa, e muitas vezes ela pode não perceber que precisa de ajuda”, explica Alan.

Diagnóstico e Tratamento

Para aqueles que suspeitam estar enfrentando um problema emocional mais sério, o primeiro passo, segundo Alan, é procurar um psicólogo. “Esse profissional pode ajudar a identificar o que está acontecendo e, se necessário, encaminhar para um psiquiatra que possa prescrever medicamentos”, orienta.

Ele também alerta sobre a importância do diagnóstico correto. No seu caso, um diagnóstico inicial errado acabou agravando sua situação. “Eu passei por um transtorno depressivo ansioso tratado de forma inadequada e acabou evoluindo para transtorno bipolar. O diagnóstico correto é essencial para o tratamento adequado”, relata.

O Papel da Fé e o Preconceito

Muitas vezes, a fé e a religiosidade são vistas como soluções para problemas de saúde mental, mas Alan alerta sobre os perigos de simplificar a questão. Ele compartilha que ouviu muitas vezes que sua depressão era resultado de falta de Deus. “Isso é um dos maiores erros que podemos cometer. Dizer a alguém em sofrimento que a falta de fé é a causa de sua dor pode ser extremamente prejudicial. A fé é fundamental, mas ela não substitui a necessidade de tratamento médico e psicológico”, explica.

Estilo de Vida: Exercício Físico e Alimentação

Além do tratamento psicológico e medicamentoso, Alan defende a importância de hábitos saudáveis no combate à depressão. “Exercício físico é tão importante para quem tem depressão quanto insulina é para um diabético”, afirma. Ele também ressalta a relevância de uma alimentação balanceada e de atividades ao ar livre, como tomar sol.

Essas práticas fazem parte dos chamados tratamentos naturais e integrativos, que complementam os métodos tradicionais e já estão disponíveis no SUS.

Quando Procurar Ajuda

Se você ou alguém que conhece está enfrentando uma tristeza persistente por mais de duas semanas, é hora de buscar ajuda. Não subestime os sinais e evite julgamentos. A depressão é uma doença séria, mas com o apoio adequado, é possível viver uma vida plena e com qualidade.

Se você precisar de ajuda ou conhecer alguém que precise, procure um profissional de saúde mental ou ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.

Veja entrevista completa:

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