Celebrado em 13 de junho, Santo Antônio é amplamente conhecido no Brasil como o “santo casamenteiro”, uma reputação construída ao longo de séculos de devoção, fé e simpatias populares. Sua data marca o início das festas juninas no país, com celebrações que incluem missas, novenas e a distribuição do tradicional pãozinho.
Origem da Fama de Casamenteiro: A tradição católica atribui a fama de Santo Antônio a um milagre em que ele teria ajudado uma jovem sem recursos a se casar. A história narra que, após a moça rezar para sua imagem, ela recebeu um bilhete com instruções para procurar um comerciante. O valor do papel, ao ser pesado, correspondia a 400 escudos de prata que o comerciante havia prometido doar a um desconhecido, fortalecendo assim a reputação do santo como protetor dos casamentos.
Relevância de Santo Antônio no Brasil: Atualmente, Santo Antônio é padroeiro ou titular de 3 arquidioceses e 11 dioceses no Brasil. Além disso, 13 municípios brasileiros levam seu nome e ele é homenageado em 24 catedrais pelo país.
Comemorações e Tradições Populares: As celebrações do Dia de Santo Antônio variam regionalmente, mas as “trezenas” (treze dias de orações) são comuns em muitas cidades. Em comunidades religiosas, a bênção de pães, símbolos de fartura e proteção, é uma prática usual. Há também o costume de guardar o pãozinho de Santo Antônio junto a alimentos ou na carteira para atrair prosperidade, ou para solteiros, a alma gêmea.
História e Chegada ao Brasil: Nascido Fernando em Lisboa, Portugal, em 1195, Santo Antônio ingressou na ordem franciscana, destacando-se em teologia, caridade e pregação. Morreu em 13 de junho de 1231, na Itália, sendo canonizado em menos de um ano. A devoção a ele se difundiu pela Europa e chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses. Além de casamentos, o santo é invocado para encontrar objetos perdidos, proteger os pobres e realizar milagres.
Para muitos brasileiros, Santo Antônio transcende a figura religiosa, sendo uma parte integrante da cultura afetiva e popular, simbolizando a crença no poder da fé para questões do coração.